Crise no Brasil: primeiro os ricos
Fausto Arruda
Desde os primeiros sintomas da crise que resultou do estouro da "bolha imobiliária" no USA que o Sr. Luiz Inácio vinha insistindo que "a crise é dos americanos e que eles é que têm que arranjar um jeito de resolvê-la".
Somente quando seus sinais já estavam bem evidentes, quando vários setores atingidos já gritavam por socorro é que ele veio a admitir que o Brasil poderia ser atingido pela onda avassaladora que estremeceu o capitalismo nos quatro cantos do mundo.
Quando a imprensa dos monopólios baixou seus "editos imperiais" em socorro do "mercado", mais que de repente surge uma "medida provisória" para contemplar os banqueiros, toda a grande burguesia e os latifundiários, evitando assim que os efeitos da crise os atinjam em cheio.
Por ignorância ou má fé o Sr. Luiz Inácio desconhece o fato, já escancarado, de que a crise não é uma crise do USA, da Europa ou do Japão. A crise que está em curso é uma das mais profundas crises nas quais o capitalismo se afunda periodicamente. Crises estas, de superprodução, das quais ele só consegue sair provocando uma gigantesca destruição de forças produtivas, através das guerras de rapina, e espalhando miséria e desgraças aos povos e nações oprimidas. A grande queima de capitais que a crise conduz atinge aos capitalistas e, por sua vez, aos países de forma desigual, provocando inevitavelmente desequilíbrios e modificações de grandes magnitudes nas posições que ocupam dentro do sistema capitalista como um todo.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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